Hello, my people! Como estão? Olha, pra ser sincera esse ano de 2025 foi um dos mais difíceis e pesados profissionalmente falando e pessoalmente também. Pensei em falar sobre meus altos e baixos desse ano, aqui nessa postagem mas isso é assunto para a terapia. Quero - apenas - falar um pouco da minha trajetória na enfermagem, pois tive grandes oportunidades e melhorias na minha carreira, e sempre que falo do meu trabalho por aqui, vocês gostam né?! Não vejo muitos blogs de enfermeiras que falam dos seus serviços por ai. Pensei em começar essa trajetória lá pela faculdade de enfermagem, que fiz em Recife-PE, posso dizer que usufrui de tudo, muito. Participei de tudo o que estava ao meu alcance, projetos, iniciação científica, mini cursos, capacitações e fiz até um curso de habilitação em flebotomia sem nem ser enfermeira ainda, acredita? Flebotomia é o curso para você atuar como aquele profissional que colhe seu sangue para enviar ao laboratório e lá fazerem a análise. Antes que continuem a leitura, gostaria de dizer que aqui tem conteúdo que para algumas pessoas, pode ser sensível.
Nessas fotos, eu estava vivendo a fase dos estágios obrigatórios da faculdade. E foi ali que tudo, de fato, começou. Noites mal dormidas e muitos questionamentos, dei os primeiros passos de um sonho que ainda parecia distante, mas que carregava propósito. No estágio hospitalar, aprendi muito observando, ouvindo e sendo acolhida. A enfermeira que esteve ao meu lado, junto com os técnicos de enfermagem, me ensinaram muito mais do que técnicas e procedimentos. Me ensinaram postura, respeito, ética e, principalmente, o valor do trabalho em equipe. Aprendi que ninguém caminha sozinho, e isso marcou profundamente quem eu sou hoje como profissional.
Ainda durante a faculdade, também comecei a me interessar por apresentar trabalhos, compartilhar conhecimento e participar de eventos, foi a confirmação de que estudar, pesquisar e se dedicar realmente vale a pena. Foi uma fase de entrega total. Me dediquei incansavelmente aos estudos e às pesquisas para apresentar nesses eventos. Ali, eu me encontrei. Entendi que a enfermagem também é ciência, troca e construção coletiva.
Hoje, nunca parei de estudar. Nunca me permiti achar que já sabia o suficiente. Sempre procurei dar o meu melhor, entendendo que, na saúde, tudo muda muito rápido e que aprender é parte do compromisso que assumi quando escolhi essa profissão. O que hoje é referência, amanhã pode já não ser mais e acompanhar essas mudanças é também uma forma de cuidado.
Esse ano, perdi as contas de quantas vezes pensei em desistir da enfermagem. Vivi um período muito difícil, marcado por depressão severa e ansiedade. Busquei ajuda e encontrei uma psicóloga incrível, que foi essencial nesse processo. Sinceramente, não sei onde eu estaria hoje se não fosse por ela. Reconhecer que eu precisava de ajuda foi um passo difícil, mas necessário. Fiquei anos sem conseguir trabalhar na minha área, e isso me trouxe uma frustração profunda. Era como se tudo aquilo que eu havia construído estivesse distante demais. Doía. Mas, mesmo assim, eu não desisti. Dentro de mim existia uma força que eu sei que vinha de Deus.
Mesmo longe da carreira, mesmo triste por não estar atuando como gostaria, eu continuei. Continuei estudando, me capacitando, buscando me atualizar. Porque, no fundo, eu sabia que aquele não era o fim da minha carreira. Era apenas um trecho difícil do caminho. Hoje, atendo para a clínica em que trabalho, atendo no particular para mim, e trabalho com tecnologias que, lá atrás, eu nunca imaginei fazer parte da minha rotina. Cada equipamento, cada recurso novo carrega uma história de dedicação, estudo e uma trajetória longa, construída passo a passo. Nada chegou por acaso. Chegar até aqui exigiu constância, renúncia e muita vontade de aprender. Foram anos de preparo, de escolhas conscientes e de acreditar no processo, mesmo quando o caminho parecia lento. Olhar para isso hoje é reconhecer o quanto valeu a pena insistir, evoluir e confiar.
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