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Decorativa Bem vindos! Eu sou Juliana, tenho 28 anos, enfermeira e uma nordestina orgulhosa. Criei este espaço para dividir reflexões, ideias e tudo que me inspira no dia a dia. Sintam-se em casa! +++
09/05/2025

Entre laços e ausências: um lembrete de gratidão

09/05/2025 10:00 | Hi honey! Como estão hoje? Tem dias que a gente acorda com uma vontade de cuidar das pequenas coisas, né? Ontem, por exemplo, resolvi reorganizar minhas prateleiras de livros — e não durou nem dez minutos, porque no meio da arrumação achei um título esquecido (A Culpa é das Estrelas) e lá fui eu reler o primeiro capítulo como se não tivesse nada mais pra fazer. Não terminei a arrumação, claro. Mas terminei o dia mais leve. Às vezes é assim: a gente não resolve tudo, mas encontra respiro em algo pequeno. E tudo bem.

Entre um capuccino quente (porque dessa vez eu tomei antes de esfriar!) e uma pausa no fim do plantão, fiquei pensando sobre gratidão. Não aquela imagem que a gente posta por obrigação no Instagram, mas a que mora fundo, aquela que aparece quando a gente olha com calma pra quem tá perto.

Tive uma conversa que mexeu comigo no trabalho. Atendi uma moça jovem, trinta e poucos anos, com dois filhos pequenos. Está enfrentando uma doença que exige muito dela — do corpo e do emocional. E o que mais me marcou não foi exatamente a gravidade da situação clínica, mas o silêncio ao redor dela. Sem parceiro(a), sem parentes vivos, sem rede de apoio. Está só. E ninguém devia estar só nesse tipo de momento.

Ser enfermeira me coloca diariamente diante de dores que não aparecem nos exames. Dores que não têm nome técnico, que não se curam com antibiótico nem repouso. Cuidar vai além do protocolo. É sentar, escutar, lembrar que atrás da ficha tem uma história inteira. E quando essa história não tem rede, não tem afeto ao redor, tudo se torna mais pesado. Às vezes, ser o ombro de alguém é mais urgente do que medir a febre.

Por isso hoje escrevo pra lembrar da gratidão. Não a que só cabe no final do ano ou em legendas de fotos. Mas a que vive em reconhecer quem caminha com a gente. Quem atende o telefone quando a voz falha. Quem aparece com sopa, com silêncio, com um “tô aqui” sem cerimônia. Se você tem alguém assim, agradeça. E se você é esse alguém pra alguém, saiba que isso vale ouro. Nem todo mundo tem com quem contar. E perceber isso muda o jeito como a gente olha pra vida. Muda a pressa. Muda a escala das prioridades.

Gratidão, no fundo, é um lembrete: estamos aqui uns pelos outros. E quando isso se perde, o mundo fica mais frio.

Se você leu até aqui, obrigada. 

Vou pedir que não saia da postagem sem dizer o que acharam do layout novo. E me procurem nas redes sociais. 

4 comentários

  1. Oie Ju! Respondendo seu comentário no meu blog, pode me chamar de Kams sim ahsasua.

    Esse post me pegou de jeito. Comecei lendo achando que ia ser só mais uma história leve do dia a dia, e de repente me vi com o coração apertado e ao mesmo tempo aquecido. Tem dias que a gente realmente só precisa desse lembrete: que não dá pra resolver tudo.

    A parte da prateleira e do livro esquecido foi tão real! Quem nunca parou uma arrumação no meio porque encontrou algo que mexeu com a memória ou com o coração? Esses dias me peguei lendo e relendo cartas de amigos que eu tenho há anos, e dá uma saudades, uma vontade de voltar no tempo e viver de novo.

    Mas o que me fez parar de verdade foi a história da moça que você atendeu. A solidão dela, o silêncio ao redor… nossa, é de cortar. A gente fala tanto sobre autocuidado, mas esquece que tem gente que nem consegue pensar nisso porque tá só tentando sobreviver, completamente sozinha.

    Obrigada por dividir essas reflexões. E sobre o layout, está simplesmente lindo! Devo dizer, fiquei com vontade de pedir alguns códigos emprestado ahdahduhs amo esse tom de lilás, e tá tudo tão original, você divou.

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    1. Oi Kamis! Que bom te ver por aqui. Fico feliz em saber que o texto te tocou dessa forma. Às vezes a gente escreve com o coração meio apertado mesmo, e nem imagina que vai alcançar o outro tão direto assim, né?

      Cartas e recadinhos, até fotos reveladas são muito nostálgicos, né? Um beijo, obrigada pelo carinho e pela visita 💜

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  2. Oie amor! Adorei conhecer seu blog! É interessante ler esse seu post pois hoje mesmo eu resolvi fazer uma limpeza nas gavetas do meu guarda-roupa e também separar algumas peças que já não uso mais para vender em um brechó (o que eu vinha postergando há MUITO tempo!). Daí saí pra seguir meu dia e tudo desandou, tudo tirou meu pequeno ânimo de mais cedo, e já no fim do dia, perplexa e amarga demais, na volta sentei ao lado de uma mulher idosa, ela era sábia e carismática demais (que me lembrava a Rita Lee), e conversamos tanto e tão bem que aquilo me fez ganhar novamente meu dia.

    PS.: Amei o layout!!

    https://petalasdeagosto.blogspot.com/

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    1. Oi, meu bem! Que alegria te receber aqui. É louco como o dia da gente pode virar completamente com um simples encontro, né? Amo quando o universo faz essas mágicas inesperadas.

      Obrigada por compartilhar isso aqui comigo. E boa sorte com o brechó, aqui em casa temos disso também - se entrou 4 roupas novas, tiramos 4 ou mais roupas que não usamos mais para doação, tipo isso.

      Volta sempre, viu? Um beijo💜

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