10/05/2025 | Hi honey! Eu sei, eu sei… essa resenha tá saindo um pouquinho fora de época. Li Um Lugar Muito Distante lá em janeiro, naquela correria básica de começo de ano, sabe? Entre trabalho, casa, Max querendo atenção e as metas de leitura dando tchau logo no primeiro mês. Ainda assim, consegui encaixar esse livrinho em uma semana — o que, sinceramente, foi um pequeno milagre. Mas já te adianto: é o tipo de história que, se a rotina permitir e o clima for de aconchego, você mata em um fim de semana tranquilo. Tudo depende da empolgação (e de quantas vezes você vai parar pra fazer um café no meio do capítulo). Agora sim, vamos à resenha?
Sabe quando você pega um livro curtinho, esperando uma leitura leve, e no final se pega pensando em temas profundos como pertencimento, recomeços e as cicatrizes que cada um carrega? Foi assim com Um Lugar Muito Distante. Jenny Colgan, com sua escrita acolhedora, nos leva à ilha de Mure, um lugar onde o tempo parece passar mais devagar e as relações humanas ganham destaque.
Lorna, diretora da escola local, é uma personagem com quem me identifiquei de cara. Ela carrega o peso das responsabilidades familiares e profissionais, mas ainda assim mantém a esperança de dias melhores. Saif, por outro lado, é um médico refugiado que busca reconstruir sua vida enquanto lida com a dor da separação de sua família. A interação entre os dois é construída de forma sutil, mostrando como a empatia e a amizade podem surgir mesmo entre pessoas de mundos tão diferentes.
A escrita da Jenny é aquela que abraça o leitor. Ela consegue abordar temas delicados, como o trauma de guerra e a sensação de deslocamento, sem tornar a leitura pesada. Pelo contrário, há uma leveza que permeia a narrativa, tornando-a acessível e tocante ao mesmo tempo.
Mas por se tratar de um conto, senti que algumas questões ficaram em aberto. A relação entre Lorna e Saif poderia ter sido mais explorada, e o final deixou aquele gostinho de "quero mais". Talvez isso seja intencional, já que a história deles continua em A Praia Infinita, mas ainda assim, fiquei com a sensação de que faltou um fechamento mais definido.
Em resumo, Um Lugar Muito Distante é uma leitura rápida, mas que deixa marcas. Recomendo para quem busca uma história que, mesmo breve, oferece reflexões sobre a vida, as perdas e os novos começos. E claro, se você já leu A Pequena Ilha da Escócia, vai gostar de reencontrar o cenário e alguns personagens conhecidos.
Se você já leu ou ficou com vontade de conhecer a ilha de Mure, me conta aqui nos comentários. Ah, e se você já leu A Praia Infinita, que continua essa história, me diz se vale a pena seguir a trilha!
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